quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

No dia D.

Amanhã será o fim do mundo, antes que tudo se acabe, esta é a nossa última chance, a despedida definitiva, até nunca mais. O dia D chegou, eh o Fim.



Esse clip do fim do mundo marcou minha infãncia, quando a Banda RADIO TAXI tocava EVA (Os avós da Banda Eva?). Viva os ANOS 80! (Se preferir o original em Italiano: http://www.youtube.com/watch?v=_dzKQka1htk)

Mas voltando ao tema da postagem de hoje, se o mundo não acabar, dia 22.12.2012, estarei aqui, como se nada houvesse mudado. Continuaremos a ser os mesmos?


Até lá, até lá, até lá.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

No centro da América do Sul.

Hoje é dia 12-12-2012, aniversário de 115 anos de Belo Horizonte/MG e estou no centro da América do Sul. Cidade: Cuiabá, Estado: Mato Grosso, País: BRASIL.

No Centro Geodésico da América do Sul 
 

Cuiabá é abrigo do Centro Geodésico da América do Sul, nas coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. Situado na atual praça Pascoal Moreira Cabral, foi determinado por Marechal Cândido Rondon, em 1909, o correto ponto do centro geodésico já foi contestado, mas cálculos feitos pelo Exército Brasileiro confirmaram as coordenadas do marco calculadas por Rondon. A praça era conhecida como Campo d'Ourique, lugar onde castigavam escravos e eram realizadas as cavalhadas e touradas. A partir de 1972, no local funciona a Câmara Municipal de Cuiabá.

Outro ponto turístico que me interessou foi a Praça Maria Taquara, personalidade cuiabana no sec. XX.



Uma semana de muita empolgação, festa, belas paisagens e calor humano. Parabéns aos meus queridos Tato e Vio, muitas alegrias e felicidades!

Links:


domingo, 2 de dezembro de 2012

e o Niilismo.

Existem pelo menos 4 tipos de niilismo: Negativo, Reativo, Passivo e Ativo. O desafio é amar a vida com o máximo de intencidade! O amor do fato, o amor do acontecimento! Viver é permanecer presente de acordo com a potência do momento. O eterno retorno é uma mentira poética. É um pensamento trágico que eleva o pensamento humano a tudo que foi, o que é e o que será. É uma atitude de super-homem, ou sejá, do pós homem. É afirmar que a vida é tudo de bom e de ruim que nos acontece. Afirmar a vida integralmente com vivi e que gostaria de revive-la do mesmo modo.
Trechos de um diálogo:
Felipe Palma Lima cada um acredita no que quiser, eu acredito no homem, que inventou todas as crenças.

Felipe Palma Lima sim, acredito no homem sim, depois dos campos de concentração. nunca subestime os idiotas em um grande grupo!

Felipe Palma Lima O eterno retorno é uma mentira poética. O niilista ativo é um tipo de poeta. o niilista passivo é um homem deprimido e isto vc não é.

Felipe Palma Lima é uma diferença de visão, o niilista passivo só enxerga o que é ruim, o ativo enxerga a alegria de viver. Porém, ambos não acreditam nem em uma verdade superior e nem na evolução do homem. a coriea do norte tem suas cernças, os americanos tb tem.


sábado, 10 de novembro de 2012

Não encontrado.

Certeza da verdade eu não tenho mais.
Esse ano foi muito positivo, descobri que sou NADA, cada vez mais certo disso. Porque ser NADA está num espaço que não pode ser encontrado. Como os elétrons que giram em torno do átomo sem podermos dizer com certeza o ponto, só a região. Sabemos que estão ali, mas quase sem precisão.


Ser NADA está entre ser ninguém e ser único.


Ser NADA é escolher as suas próprias regras/valores, nem imitar os outros, nem impor aos outros. Isso tem um significado muito especial.

Aproveitem o seu dia!

sábado, 3 de novembro de 2012

nos Trinta.

Estou envelhecendo, que bom! Chego no final dos trinta com uma convicção que tanto as dificuldades e as oportunidades foram importantes para o meu amadurecimento. A vida é feita de coisas boas e ruins, e de tudo a gente sai ganhando quando se tem a cabeça aberta.



"Não importa o que fazem com o homem, mas o que ele faz com o que fizeram com ele" disse SARTRE. A vida é um processo imprevisível e temos que aprender a aceitar isso. 

Passar da adolescência para a vida adulta não é fácil sem um empurrão. Amadurecer é aceitar que o mundo está em construção, em transformação, que a vida é um processo. A gente herda um mundo para transformá-lo. 



Mas primeiro temos que nos transformar, o que significa DOR, TÉDIO, ANGÚSTIA, RAIVA, REVOLTA, MEDO, TRISTEZA, ALEGRIA.



MORAL: "A VIDA NÃO TEM SENTIDO ALÉM DO SENTIDO QUE DAMOS A ELA".


  Felipe Palma Lima

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ambientalmente Viável.


Quando falamos de projetos com significativo potencial de impacto, devemos ter em mente que se trata de um processo, que deve ser pensado a médio e longo prazo, que envolve diversos interesses, opiniões, pontos de vista. 
Outro tema que devemos ter em mente é o da sustentabilidade, pois um projeto ambientalmente viavel deve atender este critério e o primeiro, o de ser um processo.
O impacto social deve ser analisado prioritariamente, pois tem a característica de impactar aspectos da sensibilidade humana, sua capacidade de adaptação às mudanças. Parece tão simples, afinal todo mundo de uma forma ou de outra aprende que viver é uma mudança constante, mesmo quando essa mudança não foi esperada.
Um processo de desenvolvimento sustentável tem que produzir conforto e confiança nas pessoas interessadas, o que juntas criam bem-estar e alto-estima. 
Uma frase que li que seria muito bom mudar o lema da revolução francesa para "Liberdade com Responsabilidade, Igualdade de Oportunidade e Fraternidade com Tolerância".
MORAL: “Não sou da altura que me vêem, mas sim da altura que meus olhos podem ver.”
—     Fernando Pessoa

http://www.socialimpactassessment.net/

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Nunca.

Comi mosca, tenho certeza, comi mosca.

Acreditei em algo, que sabia intuitivamente que era mentira. Talvez tenha acertado em algum ponto, porque havia uma certa sintonia. A Anne, que nos primeiros dias era aberta, depois de conversar ela se fechou, não me deu espaço, senti que ela via em mim algo incomum, era uma coisa estranha, o pouco que convivi com ela foi o suficiente para saber muito dela.


Comi mosca, é a sensação que tenho agora, porque já passou da hora. Não, queria te-la conhecido de verdade. Era uma pessoa encantadora que me fez rir e pensar.

Depois que ela sumiu do grupo ficamos preocupados. Então várias pessoas escreveram pra ela e quando ela me respondeu me deu um certo alívio. Acho que foi aí que eu comi mosca, eu sinto isso.

olá
3 messages
Felipe Palma <felipelima41@gmail.com> Wed, Sep 12, 2012 at 1:26 PM
To: "annebcarvalho@gmail.com" <annebcarvalho@gmail.com>
Oi Annelise, tudo bem? Queremos saber notícias suas, pq não apareceu nas últimas aulas. Estamos preocupados. Mande notícias para o grupo, ok? grande abraço,
Felipe

Anneliese Carvalho <annebcarvalho@gmail.com> Sat, Sep 15, 2012 at 4:25 PM
To: Felipe Palma <felipelima41@gmail.com>
Querido Felipe, muito obrigada pelo carinho e preocupação. Não andei muito bem de saúde, mas assim que melhorar e puder, voltarei. Manda um GRANDE beijo para o grupo todo.
Anne
Em 12 de setembro de 2012 13:26, Felipe Palma <felipelima41@gmail.com> escreveu:
[Quoted text hidden]

Felipe Palma <felipelima41@gmail.com> Fri, Sep 28, 2012 at 8:38 AM
To: Anneliese Carvalho <annebcarvalho@gmail.com>
Anne, o que houve? abraço, Felipe
2012/9/15 Anneliese Carvalho <annebcarvalho@gmail.com>:


Meus sentimentos aos amigos e familiares da Anne.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Haverá a fazer?

O Homem como prisioneiro do tempo

No filme “Feitiço do Tempo”, que aparentemente é apenas uma comédia romântica com várias exibições nas chamadas sessões da tarde na TV brasileira, aos poucos foi tornando-se um filme cultuado, principalmente pela originalidade do roteiro de Danny Rubin. (do blog CINEMA SECRETO.cinegnose: http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/05/uma-trilogia-do-tempo-1-filme-feitico.html#more)


Numa breve sinopse: desse filme (Original: Groundhog Day, 1993), Phil é um jornalista que acorda sempre no mesmo dia, ele é imortal! No entanto, ele muda a forma de perceber esse dia, como as pessoas mudam ao longo da vida e aprende a viver como se o dia mudasse quando ele quisesse, deixa de querer controlar, manipular, brigar, e deseja uma vida simples e tranquila e aprende a querer se desenvolver como ser humano.



Vejamos uma breve análise do filme: " a primeira reação de Phil ao descobrir que estava aprisionado em um bizarro fenômeno temporal é de pânico e medo (assim como quando nascemos para esse mundo). Então, Phil é estranhamente atraído pela produtora (uma das pessoas que mais tratava com desdém) ao vê-la como alguém que poderia ajudá-lo. Depois Phil descobre que, afinal, é imortal e que tudo o que fizer não terá consequências já que tudo recomeçará a partir do zero. Ele torna-se uma criança irresponsável, faz tudo que quer, não importando as consequências. É a fase infantil do ser humano.

Mais tarde, Phil entra na fase da razão: ele começa a aprender as regras do jogo e torna-se um manipulador já que consegue prever o “futuro” dos acontecimentos. Antecipa o que as pessoas dirão ou farão. Por isso, torna-se um sedutor. Acha que é um deus em seu pequeno cosmos, e tenta seduzir Rita, a mulher que na verdade ama desde o início. Tudo dá errado quando Rita desconfia da personalidade manipuladora de Phil.

Frustrado, todo o jogo se desmorona e perde a graça. Phil entra em depressão e tenta o suicídio diversas vezes, mas sempre volta ao início do mesmo dia: é o desespero gnóstico da “imortalidade” espiritual no cosmos físico. A morte não representa a libertação, pois a reencarnação nos faz retornar a esse mundo do qual somos prisioneiros (sobre o ponto de vista gnóstico da reencarnação veja links abaixo).

A melancolia de Phil leva-o à gnose: descobre que tudo o que deve aprender naquela situação não deve ser usado como fosse uma divindade manipuladora, mas sim como ensinamentos para melhorá-lo interiormente. Sua “vidência” é usada para ajudar as pessoas, aprende novos talentos (como tocar piano) até conseguir o amor de Rita ao conhecer o verdadeiro Phil, não mais aquele Phil arrogante dos boletins meteorológicos da emissora de TV."


As mortes simbólicas

"O homem não tem, contudo, consciência apenas da morte enquanto fim da sua vida. O conceito de finitude o acompanha em tudo que faz: é significativa a imagem mítica do deus Cronos (Tempo) devorando os próprios filhos.
A morte, como clímax de um processo, é antecedida por diversas formas de "morte" que permeiam o tempo todo a vida humana. O próprio nascimento é a primeira morte, no sentido de ser a primeira perda, a primeira separação. Rompido o cordão umbilical, a antiga e cálida simbiose do feto no útero materno é substituída pelo enfrentamento do novo ambiente.
A oposição entre o velho e o novo repete indefinitivamente a primeira ruptura e explica a angústia do homem diante do seu próprio dilaceramento interno: ao mesmo tempo que anseia pelo novo, teme abandonar o conforto e a segurança da estrutura antiga a que já se habituou.
Os heróis, os santos, os artistas, os revolucionários são sempre os que se tornam capazes de enfrentar o desafio da morte, tanto no sentido literal como no simbólico, por serem capazes de construir o novo a partir da superação da velha ordem."


Em versos de  Frederic Pearls, talvez essa ideia fique um pouco mais simples:

“Eu faço minhas coisas e você faz as suas, 
Não estou neste mundo para viver de acordo
com suas expectativas,
e você não está neste mundo para viver de
acordo com as minhas.
Você é você e eu sou eu se por acaso
Nos encontrarmos, será lindo.
Se não, nada haverá a fazer”.


Fontes:
Cinema Secreto: CineGnose: (http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/05/uma-trilogia-do-tempo-1-filme-feitico.html#more)
Filosofando: Introdução à Filosofia (1993)
Análise Transacional aplicada ao Trabalho (internet: http://www.emco.com.br/PDF/analise_transacional.pdf)
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0107048/

sábado, 28 de julho de 2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Nadador!

A morte que nós conhecemos nunca é a nossa. Apenas conhecemos a morte do outro. É vão temer a morte, pois enquanto estivermos vivos ela não estará aí e quando ela chegar, não estaremos mais aí. "A morte não é nada que diga respeito a nós", Epícuro, filósofo Grego (341-270 a.C.).

Se a morte de um outro desconhecido pode até parecer indiferente, a morte de um amigo ou de um ente querido é, ao contrário, quase a nossa própria morte: insubstituível e inconsolável. Mas "quase" ainda não é suficiente. Toda tristeza do luto não se compara com a angústia da minha própria morte. 

Tio Isaac no Campo Limpo (Foto: Márcia Gazzola)

O momento do parto seria o equivalente à nossa primeira morte, no sentido simbólico, pois representa a ruptura ao aconchego, o começo de uma vivência em contante mudança, falta do calor e dos nutrientes, sensação de fome e frio, e a necessidade de se adaptar às mudanças.
    Poema do nadador
    A água é falsa, a água é boa.
    Nada, nadador!
    A água é mansa, a água é doida,
    aqui é fria, ali é morna,
    a água e fêmea.
    Nada, nadador!
    A água sobe, a água desce,
    a água é mansa, a água é doida.
    Nada, nadador!
    A água te lambe, a água te abraça
    a água te leva, a água te mata.
    Nada, nadador!
    Senão, que restara de ti, nadador?
                                     Nada, nadador.


    Jorge de Lima

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tempestade passa.

Esta é a sequência de 8 fotos que tirei de uma tempestade. Foram 30 min de tirar o fôlego. Reparem o vendaval. Um fenômeno impressionante. Café sem nada compartilha com vocês, boa diversão! O texto vem de um livro chamado "Explicando a filosofia com arte" e vai muito bem com a Banda Constantina:

O Medo é o começo da sabedoria para Heidegger. Entretanto, existe sabedoria também em correr riscos. O filósofo francês Georges Bataille (1897-1962) defende a "soberaneidade" como uma espécie de relação alternetiva com a morte.
Na teoria de Bataille, entretanto, o soberano não é aquele que simplesmente detém o poder, mas aquele que o exerce. A atitude soberana consiste basicamente em uma recusa a toda a preocupação excessiva com o futuro, a todo o cálculo de consequências, à necessidade de certezas e garantias.
Em vez de se escravizar ao futuro, o homem soberano prefere deixar se envolver pela imediatez do instante. Alheio ao medo, o soberano prefere correr perigos, pois sabe que somente no risco da morte a vida é efetivamente vivida e não apenas conservada. Correr perigo é aceitar o tempo do inesperado, despreocupado da necessidade e da conveniência de suas ações, sem ter em vista nada para além da própria existência.
A sabedoria do medo (Heidegger) e a atitude soberana (Bataille) são, portanto, dois aspectos complementares do mesmo impulso para a vida.
Para exercer o pensamento mortal é preciso primeiro escolher ser mortal. Trata-se de uma situação ambivalente: nós não podemos perder a marca da morte, pois ela nos constitui essencialmente; nós somos como condenados a ela. Mas ao mesmo tempo a condição de mortal não é dada, impõe-se conquistá-la, tornar possível seu vir-a-ser e até descobrir a alegria que lhe é inerente.
Somos intelectualmente capazes de compreender a morte, mas afetivamente incapazes de lidar com essa verdade. Parece haver apenas duas alternativas: ou nos regozijamos, esquivando-nos dos pensamentos sobre a morte, ou somos conscientes, sacrificando nossa necessidade de ser felizes. Parece que toda alegria pressupõe uma certa ignorância, ou, ao contrário, que toda sabedoria implica uma infelicidade crônica. O desafio filosófico último é o ultrapassamento desse impasse, afirmando um tipo de alegria que não nasça da ignorância e de um tipo de consciência que não precise se revestir de melancolia. 
Essa atitude paradoxal é o cerne de um "pensamento mortal". Não há receita para obter essa "ciência alegre", mas também não há nenhuma lei que a proíba. A capacidade de permitir que essa alegria profunda brote, mesmo sabendo que a existência é passageira, ou melhor, por causa mesmo dessa transitoriedade, constitui a "prova dos nove" de uma filosofia vista sob a ótica da vida.
Sem a alegria talvez não fosse possível viver uma vida saudável e criativa. Trata-se de uma espécie de loucura, que nos protege de outras loucuras, aquelas que nos enfraquecem e nos fazem adoecer.
Atualmente reina uma certa visão de que a filosofia é uma espécie de estraga prazeres ou de "exterminadora de festas". Nem sempre foi assim. O filosofo grego Pitágoras comparava a própria vida como uma grande festa, em que alguns vinham para fazer negócios ou para competir, outros, para olhar de modo diferente para a realidade e pensar.
Conta-se também que ele costumava promover grandes banquetes quando tinha boas idéias. Surge então as questões: Qual foi a última vez que celebramos alguma boa ideia? Nossas ideias tem sido boas o suficiente para suscitar comemorações? Mora na filosofia? A festa do pensamento só está para começar. 

Moral: "No começo era a verba." Millor

Bibliografia: Explicando a Filosofia com Arte. Charles Feitosa, Ediouro, 2004.

terça-feira, 20 de março de 2012

fácil.

Decidir nunca é fácil.
Há caminhos que não devem ser trilhados.
(Foto: Miguel Aun)

Como agir e pensar ao mesmo tempo?
(Foto: Miguel Aun)

Há aqueles que ousam trilhar caminhos nunca antes enveredados.
Bela homenagem ao nosso querido fotógrafo Miguel Aun no festival de fotografia de Tiradentes/MG.


sexta-feira, 9 de março de 2012

sobre a Rio+20.

Para começar, não é uma conferência de "Meio-ambiente", é uma conferência de "Economia". Também não é uma conferência de "Mercado", é um conferência para acordos políticos que reduzam a destruição do ambiente através do controle das 'Falhas de mercado' relacionadas a poluição e a destruição do ambiente.


Há ainda aqueles que pretendem transformar o Ambientalismo em uma Religião, que há espaço para idealismo, dogmatismo, moral ambientalista cristã, ou o que for. Acho que ignorar ou querer mudar a natureza humana seria loucura. Prudência, muita prudência, pois as questões são complexas e só surtirão algum efeito se realizadas globalmente. O caminho é longo, os resultados incertos, o problema imenso. A humanidade é nosso grande poder transformador e também nosso maior obstáculo. Mas há possibilidades.

Maquiavel dizia que o homem de Virtú pode sim conquistar a Fortuna. Porém, não cabe nesta imagem a ideia da virtude cristã que prega uma bondade angelical alcançada pela libertação das tentações terrenas, sempre a espera de recompensas do céu. Ao contrário, o poder, a honra e a glória, típicas tentações mundanas, são bens perseguidos e valorizados. O homem de virtú pode consegui-los e por eles luta. Não se trata mais apenas da força bruta, da violência, mas da sabedoria do uso da força, da utilização virtuosa da força.

A política tem uma ética e uma lógica próprias. Maquiavel descortina um horizonte para se pensar e fazer política que não se enquadra no tradicional moralismo piedoso. Maquiavel é incisivo: há vícios que são virtudes. A força explica o fundamento do poder, porém é a posse de virtú a chave por excelência do sucesso do príncipe.

Para concluir, são necessários príncipes de virtú para dialogar na Rio+20. 

Fonte:
1) http://www.rio20.gov.br/
2) http://www.ceap.br/artigos/ART13102011193159.pdf
Nicolau Maquiavel: O cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú.
autor: Maria Tereza Sadek.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Intolerável l.

Tolerar é aceitar o que poderia ser condenado, é deixar de fazer o que se poderia impedir ou combater. Portanto, é renunciar a uma parte de seu poder, de sua força, de sua cólera. Tolerar é se responsabilizar. A tolerância que responsabiliza o outro não é mais tolerância: é egoísmo, é indiferença, ou pior. Tolerar Hitler era ser seu cúmplice, pelo menos por omissão, por abandono, e essa tolerância já seria colaboração. Antes a fúria, o ódio ou a violência do que essa passividade diante do horror. Uma tolerância do universal seria tolerância do atroz. Atroz tolerância! Assim, levada ao extremo, a tolerância acaba por negar a si mesma, pois deixaria livres as mãos dos que querem suprimi-la. A tolerância só vale, então, a certos limites, que são os de sua salvaguarda e manutenção de suas condições de possibilidade. É o que Karl Popper chama de paradoxo da tolerância: "se formos de uma tolerância extrema, mesmo para os intolerantes, e se não defendermos a sociedade tolerante contra seus assaltos, os tolerantes serão aniquilados, e com eles a tolerância".

"A Doutrina do Choque" 1/6 : http://www.youtube.com/watch?v=NBfzp74FDAU

Se não devemos tolerar tudo, pois seria destinar a tolerância à sua perda, também não se pode renunciar a toda e qualquer tolerância para com aqueles que não a respeitam. Uma democracia que proibisse a todos os partidos não democráticos seria muito pouco democrática, assim como uma democracia que os deixasse fazer tudo e qualquer coisa seria condenável, pois renunciaria a defender o direito pela força, quando necessário, e a liberdade pela coerção. O que deve determinar a tolerabilidade de determinado indivíduo ou grupo é a sua periculosidade efetiva: só devem ser proibidos se e na medida em que ameaçam efetivamente a liberdade ou as condições de possibilidade da própria tolerância.

Democracia não é fraqueza. Tolerância não é passividade.

A cada tipo de governo seu princípio, dizia Montesquieu: como uma monarquia funciona com base da honra, uma república na virtude e um despotismo no temor, o totalitarismo, acrescenta Hannah Arendt, funciona com base na ideologia de uma pseudo verdade. É por isso que o totalitarismo é intolerante, porque essa "verdade" não se discute. É a tirania do verdadeiro. É por isso que toda intolerância tende ao totalitarismo ou, em matéria religiosa ao integrismo: não se pode pretender impor seu ponto de vista a não ser em nome de uma suposta verdade. O que é a tolerância? Alain respondia: "Uma espécie de sabedoria que supera o fanatismo, esse temível amor à verdade".


"A Doutrina do Choque" 2/6 : http://www.youtube.com/watch?v=F6aRiwts0nY&feature=related

O totalitarismo começa como dogmatismo (pretende que a verdade lhe dê razão e justifique seu poder) e termina como sofística (chama de "verdade" o que justifica seu poder lhe dando razão). O certo é que a verdade, ainda que fundada na ciência, nunca governa, nem pode dizer o que deve ser feito, nem proibido. A verdade não obedece e é por isso que ela é livre. Mas tampouco comanda e é por isso que nós o somos.

A tolerância só se coloca nas questões de opinião. Ora, o que é a opinião senão uma crença incerta ou subjetiva? O católico pode muito bem, subjetivamente, estar certo da verdade do catolicismo. Mas, se ele é intelectualmente honesto (se ama a verdade mais que a certeza) deve reconhecer que é incapaz de convencer um protestante, um ateu ou um muçulmano, ainda que cultos, inteligentes e de boa-fé. Cada um por mais que esteja convencido de ter razão, deve admitir que não tem condições de prová-lo... A tolerância, como virtude, funda-se assim em nossa fraqueza teórica, isto é, na nossa incapacidade de alcançarmos o absoluto.

"A Doutrina do Choque" 3/6 : http://www.youtube.com/watch?v=dLzJ20-uUZQ


Bibliografia:
André Comte-Sponville
Pequeno Tratado das Grandes Virtudes
Martins Fontes
1999

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Radioativado.

Angra 1, 2, 3, Fukushima 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7!
Notícias de15 de Março de 2011, reator 3 de Fukushima explode, e agora, Miguel?


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Moral:???