O Homem como prisioneiro do tempo
As mortes simbólicas
Em versos de Frederic Pearls, talvez essa ideia fique um pouco mais simples:
Fontes:
Cinema Secreto: CineGnose: (http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/05/uma-trilogia-do-tempo-1-filme-feitico.html#more)
Filosofando: Introdução à Filosofia (1993)
Análise Transacional aplicada ao Trabalho (internet: http://www.emco.com.br/PDF/analise_transacional.pdf)
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0107048/
No filme “Feitiço do Tempo”, que aparentemente é apenas uma comédia romântica com várias exibições nas chamadas sessões da tarde na TV brasileira, aos poucos foi tornando-se um filme cultuado, principalmente pela originalidade do roteiro de Danny Rubin. (do blog CINEMA SECRETO.cinegnose: http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/05/uma-trilogia-do-tempo-1-filme-feitico.html#more)
Numa breve sinopse: desse filme (Original: Groundhog Day, 1993), Phil é um jornalista que acorda sempre no mesmo dia, ele é imortal! No entanto, ele muda a forma de perceber esse dia, como as pessoas mudam ao longo da vida e aprende a viver como se o dia mudasse quando ele quisesse, deixa de querer controlar, manipular, brigar, e deseja uma vida simples e tranquila e aprende a querer se desenvolver como ser humano.
Vejamos uma breve análise do filme: " a primeira reação de Phil ao descobrir que estava aprisionado em um bizarro fenômeno temporal é de pânico e medo (assim como quando nascemos para esse mundo). Então, Phil é estranhamente atraído pela produtora (uma das pessoas que mais tratava com desdém) ao vê-la como alguém que poderia ajudá-lo. Depois Phil descobre que, afinal, é imortal e que tudo o que fizer não terá consequências já que tudo recomeçará a partir do zero. Ele torna-se uma criança irresponsável, faz tudo que quer, não importando as consequências. É a fase infantil do ser humano.
Mais tarde, Phil entra na fase da razão: ele começa a aprender as regras do jogo e torna-se um manipulador já que consegue prever o “futuro” dos acontecimentos. Antecipa o que as pessoas dirão ou farão. Por isso, torna-se um sedutor. Acha que é um deus em seu pequeno cosmos, e tenta seduzir Rita, a mulher que na verdade ama desde o início. Tudo dá errado quando Rita desconfia da personalidade manipuladora de Phil.
Frustrado, todo o jogo se desmorona e perde a graça. Phil entra em depressão e tenta o suicídio diversas vezes, mas sempre volta ao início do mesmo dia: é o desespero gnóstico da “imortalidade” espiritual no cosmos físico. A morte não representa a libertação, pois a reencarnação nos faz retornar a esse mundo do qual somos prisioneiros (sobre o ponto de vista gnóstico da reencarnação veja links abaixo).
A melancolia de Phil leva-o à gnose: descobre que tudo o que deve aprender naquela situação não deve ser usado como fosse uma divindade manipuladora, mas sim como ensinamentos para melhorá-lo interiormente. Sua “vidência” é usada para ajudar as pessoas, aprende novos talentos (como tocar piano) até conseguir o amor de Rita ao conhecer o verdadeiro Phil, não mais aquele Phil arrogante dos boletins meteorológicos da emissora de TV."
"O homem não tem, contudo, consciência apenas da morte enquanto fim da sua vida. O conceito de finitude o acompanha em tudo que faz: é significativa a imagem mítica do deus Cronos (Tempo) devorando os próprios filhos.
A morte, como clímax de um processo, é antecedida por diversas formas de "morte" que permeiam o tempo todo a vida humana. O próprio nascimento é a primeira morte, no sentido de ser a primeira perda, a primeira separação. Rompido o cordão umbilical, a antiga e cálida simbiose do feto no útero materno é substituída pelo enfrentamento do novo ambiente.
A oposição entre o velho e o novo repete indefinitivamente a primeira ruptura e explica a angústia do homem diante do seu próprio dilaceramento interno: ao mesmo tempo que anseia pelo novo, teme abandonar o conforto e a segurança da estrutura antiga a que já se habituou.
Os heróis, os santos, os artistas, os revolucionários são sempre os que se tornam capazes de enfrentar o desafio da morte, tanto no sentido literal como no simbólico, por serem capazes de construir o novo a partir da superação da velha ordem."
Em versos de Frederic Pearls, talvez essa ideia fique um pouco mais simples:
“Eu faço minhas coisas e você faz as suas,
Não estou neste mundo para viver de acordo
com suas expectativas,
e você não está neste mundo para viver de
acordo com as minhas.
Você é você e eu sou eu se por acaso
Nos encontrarmos, será lindo.
Se não, nada haverá a fazer”.
Fontes:
Cinema Secreto: CineGnose: (http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/05/uma-trilogia-do-tempo-1-filme-feitico.html#more)
Filosofando: Introdução à Filosofia (1993)
Análise Transacional aplicada ao Trabalho (internet: http://www.emco.com.br/PDF/analise_transacional.pdf)
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0107048/
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