quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tão simples.

Passando pela Avenida João Pinheiro observei uma árvore com uma grande deformação no tronco. Um nó além das proporções. A árvore cresceu com o nó, o nó cresceu com a árvore. Essa árvore deformada seria uma forma de visualizar o trauma.
"O cerne da experiência traumática está longe da compreensão plena", assim começa o livro: O Despertar do Tigre - curando o trauma". As pessoas traumatizadas podem viver sem nunca entenderem planamente seus efeitos terríveis. Pessoas que convivem com elas também podem notar alguma dificuldade no relacionamento. "A vida é suficientemente difícil quando somos saudáveis e cheios de vitalidade. Ela pode ser insuportável quando estamos fragmentados pelo trauma", diz o livro. Posso dizer que para entender é necessário aprender a sentir, pois o trauma está acumulado principalmente no corpo em forma de energia.
Parece que o animal humano é o único que tem dificuldade de eliminar a energia do trauma. Portanto ainda temos muito que aprender com os animais. Despertar o Tigre que há dentro de nós seria uma forma de alcançar uma consciência elevada em que o mistério do trauma humano pode ser "revelado e curado". Um livro muito interessante para quem passou por uma situação traumatizante e para quem quer entender sobre pessoas traumatizadas.

MORAL: Respire fundo (ar puro), segure, solte devagar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Além do possível.

Polícia tenta contatar espíritos para solucionar crimes.
A polícia mineira vem inovando no processo de investigação criminal. Foi criado um departamento de investigação espírita. Os policiais procuram contato com os espíritos das vítimas para tentarem obter mais provas sobre os crimes. O método polêmico está sendo considerado muito promissor. 'Muitos casos não são resolvidos por falta de provas', disse o diretor do departamento. 'Se pudermos encontrar o espírito da vítima talvez ele nos diga as características de quem foi que a matou', explicou. Eles se basearam no caso relatado no filme "GHOST - Do outro lado da vida". Até agora nenhum crime foi solucionado pelo departamento.

Moral: Tudo é possível no além do nada.

domingo, 11 de setembro de 2011

Sem saída

Foi isso a minha vida? Muito bem, outra vez. Mesmo descrente do progresso. Mesmo descrente da fé religiosa. Quero viver novamente a vida como ela é, com todo o terror, miséria, hipocrisia, ignorância, de que ela foi feita. Eterno retorno sim, com alegria, porque nós morremos a cada instante e a vida continua. Viver é bom, mesmo que sem esperança, diante da melancolia, da tristeza mais profunda, da insuportável dor de existir. Difícil é aprender a viver além da razão. Esse seria um grande desafio à nossa consciência. Melhor aprender a sentir. Será a humanidade capaz de viver sem depender tanto da razão? O que as pessoas deveriam perceber é que os sentimentos são mais fortes que a razão, pois estão menos sujeitos a erros. Sentir sem querer entender. Essas são algumas das idéias que me ocorreram com ajuda de um pouco de estudo sobre Nietzsche.

MORAL: Sorria, você está sendo manipulado.Quem te diz que Deus existe está querendo te escravizar.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Eterno_retorno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vontade_de_poder
http://pt.wikipedia.org/wiki/Niilismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_está_morto


175 CAFÉ FILOSÓFICO - NIETZSCHE 01
http://www.youtube.com/watch?v=7SQgWqm_Tyk&feature=related
Filosofia - A alegria e o trágico em Nietzsche
http://www.youtube.com/watch?v=32tEJYytjkA&feature=related

domingo, 4 de setembro de 2011

O menino e a pena da maritaca

Era uma vez um menino que gostava de nada. Era uma tarde ensolarada e ventava muito. O menino assentado na varanda da casa da fazenda fazendo nada, pensando nada. Era outono, época do ano em que as folhas estão esverdeadas num colorido bem vistoso. Havia muitas espécies de pássaros, muitos canarinhos, trinca-ferros, joão-de-barro. Às vezes aparecia uma maritaca grande, com penas vermelhas, parecia um papagaio. Esse era o cenário, o barulho do vento nas árvores, o canto dos pássaros, a brisa, e o menino perdido no tempo das coisas.
De repente, num vôo estático, um tucano atravessou o horizonte do menino e seu olhar o seguiu até o alto da Santa Bárbara. Essa é uma árvore cheia de frutinhas que eles parecem que apreciam e sempre aparecem. As maritacas também são muito comuns nesta árvore e chegam em bandos de quase 30.
Voltando ao tucano, este pulava de galho em galho atrás das frutinhas, e foi num desses saltos que ocorreu uma grande algazarra. Um alvorosso das maritacas no meio das folhagens. O tucano foi arrumar confusão com as maritacas, um instante de gritaria, muitas folhas voando e três maritacas arrebataram ao céu.
Nesse instante, no meio de muitas folhinhas que caiam da árvore havia uma pena verde, da cor das folhas. Que coisa raríssima, uma pena de maritaca, tinha que achá-la, pensou o menino. Deixou seus pensamentos e partiu para ação. Parecia uma coisa fácil mas não, o vento soprou tudo bem longe. Que decepção, pensou. Queria achar várias penas, mas só havia pequenas folhinhas espalhadas pelo chão. Procurou, procurou, tinha que vasculhar todo o terreno, o vento estava forte e as folhinhas se espalharam bem longe da árvore. De repente, lá estava, uma pequenina pena de maritaca, verde e amarela. Que satisfação, pensou, um pequeno troféu. Na ponta da pena uma pequena marca da serra do bico do tucano, foi ele que a arrancou! Uma. pena que continha um significado especial naquele momento. O menino que esperava nada ganhou um presente, a pena verde da maritaca.

MORAL: Maritaca é maritaca, tucano é tucano. Menino tá sempre matutano.